Aline Manara

Por outro lado, preciso me preservar e proteger os demais. E fazer a minha função, que é ensinar a todos. Me sinto mal e com medo.

A vontade que eu tenho é deixar ele livre, fazendo o que quiser. Mas não acho isso correto. Pois penso que estarei reforçando comportamentos que não são adequados na escola.

para conversar com ele, foi atacado. Eu não estava presente em nenhuma dessas situações. Em outras oportunidades presenciei comportamentos de desregulação, porém nunca de violência física contra ninguém. Estou com medo e preocupada.

No dia 1, ele se encantou por uma aranha que encontrou na praça. Um colega veio e pisou da aranha. Ele se desregulou e pegou o colega pelo pescoço. No dia 2, um professor pediu que ele se sentasse no seu lugar. Ele sentou e logo saiu. Mais uma vez o professor solicitou. Ao chegar perto

Pela primeira vez estou com medo de ir dar aula. Semana passada, um aluno foi dois dias para a escola. No dia 1, agrediu um colega, pegando-o pelo pescoço. No dia 2, atacou um professor com um lápis. Não acertou, mas mordeu o professor. Amanhã ele retorna. Estou com medo de mais agressões.

Nunca imaginei que estaria às 19h30 na beira da praia de Tramandaí passando calor. Escurecendo e o pessoal ainda com cadeira e guarda-sol. Água do mar quente. E amanhã será pior.

O que me deixa indignada é uma sala de aula com trinta alunos e dois ventiladores, no calor infernal de Porto Alegre. É desumano e parece que ninguém dá bola. Vai segurar uma turma de crianças durante uma tarde nessas condições. Só com água da torneira. Se catar!

sinto que eu não teria nenhuma doença mental se simplesmente não precisasse trabalhar pra sobreviver

filhote de cachorro peludinho caramelo e branco sentadinho num banco de madeira todo sorridente com a lingua pra fora e ao fundo uma plantação de flores roxinhas

Um sorrisão pra limpar a sua skyline

que em 2025 eu tenha a paciência dela

Ela foi amada até o último minuto. Dormiu enroladinha, onde gostava de descansar. Como se estivesse dormindo um soninho. Toda pequenininha. Que são Francisco te receba, Belinha. Eu sei que tu já está com ele.

Estou muito cansada. Mais de trinta graus, uma sala de aula de terceira série com apenas um ventilador funcionando. O suor escorrendo pelo rosto. Não aguento mais.

Nem ela e nenhum bicho nesse mundo inteiro...

um jeito que nunca vi em gato nenhum. Só não quero que ela sofra e sinta dor...

Será que ela quer ir? E que toda essa coisa de remédio e remédio não está cansando ela, e prolongando uma dor? Será que eu estou sendo egoísta?... O que eu acho mais bonito nela agora, são os pelos da barriga kkk depois de velhinha, ficou grisalha e os pelos da barriga totalmente encaracolados, de

Ela está indo... E está...e o que me dói é não saber o tamanho da dor dela... Será que o remédio tá fazendo efeito? Será que ela está com fome? Será que deitada desde jeito ou de outro, dói mais ou dói menos?... será que ela está sofrendo, e eu poderia acabar com essa dor e não faço?

Tinha alguma coisa errada. E dias depois, começou a mancar. E na mesma hora, na primeira consulta, já veio a desconfiança (mas quase certeza) da Vet. Era algo muito ruim, não era só velhice. E veio a confiança depois do exame.. . E em menos de uma semana, outro nódulo...e cada dia parece que

Ficou apegada a todo mundo. E de repente, ela estava às seis da manhã sentada à porta do meu quarto, esperando eu acordar para eu dar ração. E ia miando até o potinho, olhando pra trás pra ver se eu estava indo. E miava chamando. Quando ela não apareceu, menos de um mês atrás, percebi que

Mas todo dia, mesmo mancando, vai pra rua, toma seu banho de sol e deita no canteiro.. e de algum modo, de algum jeito que ainda não descobri, sobe na cama do Rapha. Ela sempre foi apegada a ele. Quando apareceu aqui no pátio, só ele conseguia chegar perto. Depois de muitos anos

Ou eu que não sei perceber? Belinha está com osteosarcoma, sem indicação de cirurgia em função dos seus quinze anos. Por ora, tomando suplemento, remédio pra dor, e sachês batidos com água, que estou dando de colher pra ela tomar, porque é o único jeito que ela se alimenta.

Na minha vida... E ela sempre esteve ali. Uma gata amorosa. É isso que é a Belinha. Até nesse momento agora. Ainda ronrona quando a gente faz carinho, mesmo com dor. E é isso que me dói, não saber o quanto está doendo pra ela... Se ela ainda reclamasse... Se de alguma forma ela dissesse...

tudo isso pra dizer que a Belinha está indo. Sempre dizia pro meu filho: se prepara, a Belinha está velha... 13 anos, 14 anos, 15 anos... Só que agora chegou. E quem não está preparada sou eu. É. Foram 15 anos. E vou lembrando de tudo que aconteceu nesses quinze últimos anos...

Gosto de falar aqui porque ninguém responde. É como se eu lançasse para o universo. Ao mesmo tempo que boto pra fora, mais do que falar, é um sentimento de liberdade. De falar, e azar se alguém responder, ou se não responder. É estranho. É libertador de certa forma que não sei explicar. Bom,

Às vezes eu só queria ter alguém pra segurar a minha mão e dizer que vai ficar tudo bem. Tô tão cansada de resolver tudo sozinha... De decidir tudo sozinha... E quando olho pro lado, sei que tem pessoas com muito mais dificuldades, e me sinto pior ainda, reclamando de barriga cheia...

É isso

não me matou, mas me deixa com vontade de morrer todas as vezes que eu lembro

Quase sexta. Bom dia ☀️