u don't know me

Que Deus tenha misericórdia das coisas que farei, pois acho que o limite de não fazer besteira finalmente foi passado.

Não é como se tivesse alguma coisa me segurando.

É o fim, de fato o fim.

Engraçado que não durou tanto como eu achei.

Culpa minha no final das contas.

De volta ao retiro de mediocridade.

Não tem mais volta, não é como se fosse a última vez e Deus, já tá todo mundo muito distante pra eu pensar em algo

Histórias morrem como se fosse nada, amizades também aparentemente

Eu tô cansado de errar, ser desse jeito

Eu sou uma pessoa horrível

Que bom que estão felizes ao menos, talvez esteja errado da minha parte esperar que alguém veja essas coisas.

Vocês merecem.

Minha garganta apertou tanto, mas eu disfarcei bem.

Eu me senti tão mal hoje, tão desprezado. Mas as coisas deram certo, fiz uma boa homenagem pra quem interpretou tão bem um personagem e descansei com carinho aquilo tudo.

Desculpa não ter sido melhor que isso, mano.

Peito apertado, falta de ar e medo. É o habitual da noite, do fracasso e principalmente da ausência do eu.

Tô cansado de fugir de mim mesmo.

O paradoxo de querer ser notado e permanecer anônimo para não ter preocupações.

Ciclo sem fim, hábitos destrutivos até algo acontece e isso vem se repetindo.

Ainda não posso desistir, estou perto de algo grande. Não posso repetir as promessas que vomitei no passado.

Mas Deus, que vontade de dormir. Dormir e não acordar.

Cansaço, sentimento de falha. Deus, quem sou eu?

Sou apenas uma casca de uma criança gentil ou alguém amargurado pelas experiências passadas?

Eu sangro demais, meu nariz e minha garganta.

Me dá um pouco de paz, eu estou implorando.

Que dor, no peito e na alma

Eu nunca sangrei tanto como hoje, mas tudo bem. É só uma semana ruim, as coisas ainda podem piorar.

Espero não ter que recorrer aos velhos hábitos de flagelação de novo, mas não tô vendo muita opção.

Calado tô vencendo, é melhor não expor as fraquezas e principalmente não ferir ninguém de novo.

Que irônico é o mecanismo de defesa em piadas. É fascinante a maneira como eu falo essas coisas sem que tenha o mínimo de senso.

Hora de voltar pra caverna e pensar sobre.

Espero acordar com paz sob meus ombros ao invés de cansaço.

Sem essa sensação de solidão, sem essa vontade de repetir o sumiço de sempre e sem ter medo de entender quem eu sou.

Eu queria acordar de novo.

Ele chorou até sentir a garganta queimar, em silêncio, suplicando por algo que não existe.

Que patético, Deus.

É patético o jeito que eu preciso ter companhia, o jeito que eu preciso conversar, o jeito que eu preciso colocar pra fora.

Mas não consigo, nunca é fácil. Sempre é um processo.

É minha culpa. Invente de fazer coisas do trabalho, invente de terminar o que havia prometido, tenha ideias mirabolantes sobre tudo.

No final, eu fico sozinho.

E é culpa deles por te esperarem por semanas pra eu simplesmente sumir?