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História latino-americana
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Vendendo apartamento antigo em SP, bonitinho, três dormitórios.
RT do bem ❤️
ATENÇÃO 🙏
Se o pastor Silas Malafaia for preso (preso mesmo) teremos sorteio de uma Caixa Misteriosa Sounds® (entre os RT)
www.soundandvision.com.br
Para saber mais:
• Paul Freston, Evangélicos na Política Brasileira (1993)
• Ricardo Mariano, Neopentecostais: Sociologia do Novo Pentecostalismo no Brasil (1999)
A história mostra que religião e política sempre se cruzaram. Mas diante de figuras como Malafaia, a pergunta é inevitável: isso serve à comunidade de fé ou apenas ao projeto de poder pessoal de um pastor?
21.08.2025 17:44 — 👍 1 🔁 0 💬 1 📌 0O problema é claro: quando a religião vira palanque, a fé deixa de unir e passa a dividir. Em vez de acolhimento, cria-se inimigos. Em vez de pontes, constroem-se muros.
21.08.2025 17:44 — 👍 1 🔁 0 💬 1 📌 0Esse tipo de liderança não é exclusividade do Brasil. Em outros países latino-americanos, pastores e líderes religiosos também usaram a fé como arma política. Mas Malafaia é símbolo radical desse processo aqui.
21.08.2025 17:44 — 👍 1 🔁 0 💬 1 📌 0Malafaia nunca foi pragmático. Não busca conciliação ou diálogo amplo. Prefere o ataque direto, a retórica inflamável e a polarização constante. Sua força não vem de alianças, mas do barulho.
21.08.2025 17:44 — 👍 1 🔁 0 💬 1 📌 0Seu estilo não é de mediação, mas de confronto. Ele construiu a imagem de “porta-voz” dos evangélicos, mas muitos dentro das próprias igrejas rejeitam sua retórica belicosa e o veem como alguém que fala apenas para seu grupo.
21.08.2025 17:44 — 👍 1 🔁 0 💬 1 📌 0Nos anos 2000, consolidou-se como voz agressiva nos debates sobre costumes. Contra direitos LGBTQIA+, contra pautas feministas, contra políticas de educação sexual. Usou a religião como trincheira política.
21.08.2025 17:44 — 👍 1 🔁 0 💬 1 📌 0Malafaia não se limitou ao púlpito. Virou empresário da fé, dono de editora, gravadora e programas de televisão. Seu rosto passou a circular tanto quanto o de qualquer político tradicional.
21.08.2025 17:44 — 👍 1 🔁 0 💬 1 📌 0É nesse contexto que surge Silas Malafaia. Pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, ele percebeu cedo o poder da mídia. Desde os anos 1990, mistura Bíblia, moral e política diante de milhões de telespectadores.
21.08.2025 17:44 — 👍 1 🔁 0 💬 1 📌 0A Constituição de 1988, ao garantir ampla liberdade religiosa, também deu espaço para que essas igrejas se organizassem politicamente. Em poucos anos, a Bancada Evangélica já era uma força real no Congresso.
21.08.2025 17:44 — 👍 1 🔁 0 💬 1 📌 0Foi nesse terreno fértil que nasceram os neopentecostais, com igrejas estruturadas como empresas: marketing religioso, televangelismo e foco em acumulação de poder social.
21.08.2025 17:44 — 👍 1 🔁 0 💬 1 📌 0A explosão veio nas décadas de 1970 e 1980: templos lotados, programas de rádio, transmissões em TV. A mensagem pentecostal se conectava com quem vivia a crise econômica, a violência e a exclusão.
21.08.2025 17:44 — 👍 1 🔁 0 💬 1 📌 0No século XX, esse papel começou a mudar. O catolicismo seguia forte, mas o pentecostalismo crescia nas periferias urbanas, oferecendo apoio espiritual e comunitário onde o Estado pouco chegava.
21.08.2025 17:44 — 👍 1 🔁 0 💬 1 📌 0Desde o período colonial, a Igreja Católica não era só religião. Era também braço do Estado, influenciando leis, costumes e educação. A fé sempre foi usada como ferramenta de poder.
21.08.2025 17:44 — 👍 1 🔁 0 💬 1 📌 0Pastor Silas Malafaia, de terno escuro e gravata estampada, fala de forma exaltada ao microfone em um púlpito, gesticulando com o dedo indicador levantado. Ao fundo, parte de uma bandeira do Brasil aparece desfocada.
Hoje, o nome de Silas Malafaia domina as redes.
Mas ele não surgiu do nada: sua trajetória é parte de um processo mais longo, onde fé e política se entrelaçam no Brasil.
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Avisou o pai que vai trabalhar no cruzeiro
21.08.2025 00:24 — 👍 13 🔁 3 💬 0 📌 0Viu @fassminus.bsky.social
20.08.2025 21:03 — 👍 2 🔁 2 💬 1 📌 0Para saber mais:
– “The Irish Soldiers of Mexico”, de Michael Hogan
– Museu Nacional de las Intervenciones, México
– Documentário “One Man’s Hero” (1999)
– Arquivos do Exército Mexicano sobre o Batallón de San Patricio
Nos Estados Unidos, os San Patricios foram quase apagados da história oficial.
No México, são lembrados como estrangeiros que lutaram por princípios, não por patriotismo.
Sua memória permanece viva em museus, escolas e cerimônias militares até hoje.
No México, os San Patricios viraram símbolo de lealdade e coragem.
Receberam homenagens póstumas, placas, estátuas e nomes de ruas.
São lembrados todo ano, no Aniversário da Batalha de Churubusco.
Os últimos 30 foram enforcados no dia 13 de setembro, no alto de uma colina,
no exato momento em que a bandeira dos EUA era içada sobre o Castelo de Chapultepec.
Um espetáculo calculado — com hora, público e mensagem política.
O que veio depois foi um ato de vingança exemplar.
50 deles foram condenados à morte por enforcamento.
A maioria executada em grupos, com a forca montada em praça pública.
Mas a guerra estava contra eles.
Em 20 de agosto de 1847, na Batalha de Churubusco, o Batalhão de San Patricio foi derrotado.
Quase todos foram capturados.
82 soldados considerados desertores.
O batalhão cresceu: irlandeses, escoceses, alemães, poloneses, italianos…
Todos unidos por desobediência moral.
Eram bons artilheiros.
Lutaram com bravura em batalhas como Cerro Gordo e Churubusco.
Motivos não faltavam:
– Eram maltratados por oficiais protestantes americanos;
– Viam suas igrejas mexicanas sendo saqueadas;
– Assistiam à violência contra civis e padres.
A afinidade religiosa com os mexicanos pesou mais do que a bandeira que vestiam.
Chamavam-se Batalhão de San Patricio.
A maioria era formada por católicos irlandeses, recém-chegados aos EUA, alistados por necessidade.
Mas quando viram o que o exército americano fazia com os camponeses mexicanos…
decidiram mudar de lado.
Fotografia de uma maquete histórica representando dois soldados do Batalhão de San Patricio, vestindo uniformes azul-escuros com detalhes vermelhos e brancos, típicos do século XIX. Um dos soldados segura um mosquete e está em posição de tiro; o outro, ajoelhado, empunha uma bandeira com os emblemas do México e a inscrição “Batallón de San Patricio – Capitán John O’Reilly”. Ao fundo, há um painel explicativo em espanhol com o título “Soldados del Batallón de San Patricio 1847”, relatando a participação de imigrantes irlandeses na guerra entre México e Estados Unidos. A cena compõe uma homenagem visual à memória do batalhão.
Em 1847, durante a Guerra México–Estados Unidos, um grupo de soldados irlandeses desertou do exército americano.
Eles cruzaram a linha de batalha…
e decidiram lutar pelo México.
(Segue…)