☥ Mary ☥

não faço ideia pq, mas eu bati o olho e soube, mesmo podendo contar nos dedos de 1 mão as vezes que usei essa estação kk

Tá fazendo 10 anos quase da Primeira Guerra Memeal contra Portugal, acho que tá na hora da terceira mesmo só pros Tuga relembrarem.

Hozier sometimes reminds me of Supertramp/Roger Hodgson

Xandão fornecendo muito material pra vírgula 🥹🥹🥹

Será que Severance no fim das contas tem o mesmo mote de Click?

YouTube video by Angelo Badalamenti - Topic Audrey's Dance

PS: Ouça Audrey's Dance se ainda não se convenceu

youtu.be/nITuHzF4ryk?...

RIP MESTRE!!

Se em Rá-Tim-Bum o tom é leve e lúdico, em Twin Peaks ele é tenso e enigmático, mas o uso de elementos misteriosos e a sensação de que a realidade tem camadas ocultas conectam as duas produções de maneira em que não consigo me conformar que não têm nada a ver.

Ambas as obras, de maneiras próprias, desafiam as convenções de seus respectivos gêneros, utilizando a música e a imaginação para transportar o público a realidades alternativas.

Rá-Tim-Bum utiliza sua fantasia e elementos lúdicos para ensinar e entreter, enquanto Twin Peaks mergulha no mistério e na complexidade das emoções humanas, com uma abordagem mais sombria e surreal.

[Conclusão]
Rá-Tim-Bum e Twin Peaks, embora extremamente opostas em gênero e público, têm uma habilidade única de criar mundos imersivos, onde a música, a narrativa e os elementos visuais se entrelaçam de maneira profunda.

As influências de jazz e música erudita, a habilidade de trabalhar com texturas sonoras e a função narrativa da música são aspectos que ambos compartilham, embora com resultados muito distintos em seus respectivos contextos.

Embora Edu Lobo e Angelo Badalamenti tenham estilos bastante diferentes, existem pontos de convergência em suas abordagens criativas. Ambos são compositores sofisticados, capazes de criar atmosferas ricas e emocionais através da música.

Você se sente intrigado pela música do Máscara (já que ele é um detetive), sente a sensualidade da Audrey (que é uma pin-up moderna), percebe a inocência da Nina (uma criança) e consegue se afeiçoar com a trágica história de Laura Palmer.

8️⃣ Trilha sonora
O que particularmente me chama a atenção aqui são as músicas-tema dos personagens, que são super alinhadas à personalidade e o contexto visual de cada um deles.

O conceito de "sonhos" e de personagens que se movem entre essas 2 realidades (como o próprio Cooper) cria uma experiência em que as leis da realidade são questionadas. A série constantemente desafia a noção de que aquilo que vemos seria ou não"real", com elementos de distorção e fragmentação.

Já a abordagem de Lynch com realidades paralelas é muito mais perturbadora. A própria série gira em torno da ideia de que a cidade de Twin Peaks possui uma "realidade paralela" — o "Black Lodge" e o "White Lodge" são dimensões sobrenaturais que coexistem com o mundo real.

A ideia de que o ambiente do programa pudesse se transformar a qualquer momento — como se o real fosse uma tela para projeções de fantasia — refletia, de certa forma, um mundo onde a realidade era maleável e permeável ao fantástico.

7️⃣ Aqui que tá o pulo do gato: a realidade paralela
As transições entre o mundo real (Família Silva) e o imaginário (demais quadros) estavam dentro de contexto, às vezes suaves, às vezes não.

6️⃣ Narrativa fragmentada/não linear
Enquanto Rá-Tim-Bum era fragmentado por natureza, com esquetes independentes, Lynch também explora a desconexão narrativa, deixando o público se perder bem na sua construção não convencional. Em ambos os casos, há uma subversão das expectativas do espectador.

Da mesma forma, Twin Peaks é repleto de figuras excêntricas e c traços de personalidade específicos, como a Log Lady ou a msm Laura Palmer, que, embora funcionem dentro da narrativa, têm comportamentos e diálogos q fogem ao comum. Consigo fazer aqui um paralelo entre Euclides/Sílvia e Cooper/Diane?

5️⃣ Personagens excêntricos
Em Rá-Tim-Bum, os personagens eram bastante exagerados e espalhafatosos, com traços de personalidade bem marcantes e mts vezes, arquetípicos.

Por mais leve que fosse, havia uma sensação de que o mundo dentro do programa não era completamente lógico ou previsível, algo que Lynch faz magistralmente em Twin Peaks, onde a realidade parece se curvar ao absurdo e ao surrealismo.

4️⃣ Estranheza proposital
Rá-Tim-Bum era um programa que, apesar de seu foco em ensinar, tb brincava c/ o experimental e o lúdico. Algumas das esquetes mais marcantes, como as do Professor Tibúrcio ou fada Dalila, muitas vezes com a quebra da 4a parede, geravam um certo desconforto.

De certa forma, essa busca por um visual singular e excêntrico ressoa com a estética de Lynch, que também cria ambientes visualmente distintos. Ambos utilizam a ambientação para gerar uma sensação de estranheza e, ao mesmo tempo, fascinação no espectador.

3️⃣ Estética visual
Rá-Tim-Bum, embora mais simples, utilizava cenários com cores marcantes, formas geométricas e uma sensação de "mundo paralelo" que não seguia os padrões do cotidiano. Os ambientes eram criados para estimular a imaginação, com personagens e objetos únicos.

2️⃣ Já David Lynch, em obras como Twin Peaks (1990) e Eraserhead (1977), criou universos que misturam a vida do dia a dia c/ o surreal, carregados de estranheza e um senso meio onírico, de algo que está lá mas não deveria. Mesmo tendo públicos bem diferentes, já dá pra ver alguns pontos em comum aqui.

1️⃣ Rá-Tim-Bum estreou em 1989 como 1 programa educativo inovador na TV Cultura, c a direção de Fernando Meirelles. Suas esquetes tinham 1 humor meio peculiar, estética marcante e 1 atmosfera que, mtas vezes transitava entre o estranho e o cômico, tanto no visual qto nas músicas, e histórias contadas

Primeiramente, não sou nenhuma manjadora de cinema que nem a galera do Letterboxd tá? Então o que vou colocar aqui se resume ao meu parco conhecimento sobre essas duas obras, em 8 pontos.

a man in a red shirt is making a funny face in the dark ALT: a man in a red shirt is making a funny face in the dark

🎥🥧RÁ TIM BUM e TWIN PEAKS - a thread

Eu sempre quis tornar essa associação pública mas nunca parei pra fazer. Acho que diante da triste notícia da partida do mestre, chegou esse momento. Existe uma conexão estética/atmosférica entre Castelo Rá-Tim-Bum e Twin Peaks??