pedro

rodrigo.ghed.in/blog/orbital

Um pouquinho de metal nos separa do vazio; a morte está tão próxima. A vida está em toda parte, em toda parte.

Samantha Harvey, Orbital.

Alcançar os píncaros da realização humana só para descobrir que suas realizações não são quase nada e que obter essa compreensão é a maior realização de qualquer vida, o que em si não é nada, e também mais do que tudo.

Nossa vida aqui é ao mesmo tempo inexprimivelmente banal e marcante, parece que ele está prestes a acordar e dizer. Ao mesmo tempo repetitiva e sem precedentes. Temos uma importância imensa e irrelevante.

argento é giga. esse é qual dele?

falei sobre voltar a se interessar sobre as pessoas. como é importante ser fiel a si mesmo nesse momentos. tentar idealizar o mínimo possível ou o mais dentro da realidade.

saindo da terapia pensando em como estou de fato aprendendo sobre mim nesse momento da minha vida.

me assumindo desse jeito que eu sou mesmo. sem medo. já que eu sou assim, o jeito é ser!

sobre minha forma de afeto, minhas ausencias, minhas faltas. é preciso sustentar-se.

amiga nao achei o seu sul muito global hoje

ouvi do leandro hoje, aquele menino que sempre tá de casaco azul, do segundo ano um. ele sempre me chama pra conversar.

ele contava do seu caso. tragédias familiares. já pensou até em tirar a própria vida. mas não mais.

— não, professor. agora que eu me acostumei com a vida. agora não!

meu pior inimigo é eu mesmo mano

minha mente maquina o mal o dia inteiro

o dia que eu venço eu é o melhor dia da minha vida

eu num tenho um dia de paz

eu num vou numa padaria em paz

não sei o que é comprar um pão tranquilo

eu não sei o que é sair de chinelo

raparigou ou não raparigou?

João Donato e Jards Macalé, peladões atrás de folhagens, ambos olham pra cima. Jards abre os braços ao firmamento. João de boné, Jards de óculos escuros.

Jards se foi e com certeza já tá pelado com o João Donato onde quer que ambos estejam. RIPasso!

essa caixa deve ganhar mais itens que vou vasculhando pelo caminho. há uma caixa pra me aventurar. mas já são duas da manhã.

domingo.

as cartas. a coragem de arrancar o bandeide. te perdoo por ter ido aos poucos.

terço de nossa senhora de fátima.

um envelope-resumo do ano de 25 no que diz respeito a você. uma latinha com uma mecha do meu cabelo. pensei em apresentar algo assim como uma instalação performativa de aniversário. mas me faltou autoestima.

óculos e touca de natação. escalda-pés que nunca usei. colar de alfinete de segurança.

nosso livro de aventuras, as cartas, nossas fotos, suas fotos.

as cartas.

uns rascunhos daquela vez que jogamos escape room naquele domingo a noite.

objetos deixados pra trás: escova de dentes, um piercing.

os últimos momentos do último perfume que você me deu.

hoje sete meses depois eu montei uma caixinha com as memórias.

escutei 22, a million. toiling with your blood, i remember something.

chegando ao fim desse ano, consigo dizer que sou muito grato pelas vivências da escola.

ser professor de arte me possibilita, algumas raras vezes, encontrar o aluno num lugar de vulnerabilidade que me traz muito aprendizado. me emociona.

sempre bom.

depois de valter hugo mãe eu vou escrever perguntas com ponto final

os homens eram todos iguais, a diferença era coisa apenas das mulheres. mil homens, p. 86.

tirando leite de pedro

"vá tomar em seu cu"

impressionante como a interface de qualquer aplicação para ver filmes me engatilha na coisa do término. pra você ver como que é a cabeça da gente.

uma vibe meio vaiquecoliana

mulheres amam homens não sei o que

caramba loirao

é preciso tirar a calca jeans e botar o fio dental (metaforicamente falando)

se eu tivesse tido esse tino

hoje num encontro eu minha mãe e samuel rosa. coincidentemente tinham umas cinco mil pessoas lá também, mas não vem ao caso