picolo

As palavras não ditas,
o que ficou preso entre nós,
se desfez na brisa,
levada pela inevitabilidade.
Busco os fragmentos,
mas o que restou é só saudade,
uma amizade que floresceu,
mas não encontrou raiz.
Agora, seguimos,
cada um em sua trilha,
na lembrança há promessas,
mas no presente, um vazio.

No silêncio da casa,
uma cadeira vazia,
o cheiro de café
agora é lembrança.
Olho fotos antigas,
sorrisos que aquecem,
mas a ausência pesa,
como sombra na alma.
Cada história contada,
cada abraço,
ecoam no coração,
mas a saudade é profunda,
um amor que não se apaga.

Nos sonhos interrompidos,
o saber se torna distante,
caminhos fechados pela falta,
onde a pobreza é destino.
A sala de aula é uma miragem,
cada página um desejo,
mas o futuro se dissolve,
neste ciclo sem fim.

O amor que eu conheci,
agora reside em outra mão,
Não imaginava que seria tão fácil dividir o que parecia exclusivo.
O que restou dos nossos momentos?
Por que entregou tão facilmente
o que um dia foi nosso?
As promessas sussurradas, agora são apenas ecos.

No silêncio da ausência, o amor se desfaz em angústia, enquanto outra alma abraça o que um dia foi meu.

No eco dos relógios, o tempo é mercadoria. Homens são números, sua dignidade, uma nota. Cidades se erguem em concreto e dor, a desigualdade é a sombra constante, onde o lucro é o altar e o ser humano, um sacrifício.

A presença, que antes era constante,
agora é uma memória que se esconde
entre os vazios da casa e do coração.
O luto é um silêncio pesado,
um adeus que se arrasta e nunca se completa.

Foi doloroso perceber que o amor que pensei ser eterno se perdeu em outra história.

Às vezes, encontramos uma alma gêmea que se perdeu em outro caminho, deixando-nos com a doce dor de saber que o destino quis algo diferente para nós.

Era um tempo de sorrisos e promessas, hoje, o que resta é o eco de um nome. O que um dia foi caloroso e claro agora é um silêncio estranho e angustiante, uma presença distante que se desfaz como névoa ao amanhecer.

Anos se passam, e o amor persiste como uma sombra indecisa na memória. O passado se estende, carregado de esperanças não realizadas.
Teu olhar jamais encontrou o meu, e eu, à margem do tempo, perdi-me na espera, aguardando um sinal que nunca surgiu.

O "eu" se dissolve em memórias partidas,
perdido entre ecos de sequelas e arrependimentos.
Cada ferida, um fragmento de quem fomos,
cobrindo o brilho com um véu de dúvida.

No vazio das horas, os dias se estendem como uma sombra, sem promessas de retorno.
Caminhar pelas ruas sem destino é sentir o peso de um sistema que define valor pelo trabalho.
O silêncio das manhãs é um grito de oportunidades que não chegaram, enquanto o mundo gira em torno do lucro.

Quem eu era pra você na multidão?

Você nunca mais será o mesmo, você mudou, e a hipocrisia te consumiu por inteiro.

A dor está na diferença de ser visto,
na quietude de um coração que se entrega,
enquanto o seu amor dança com outro,
e eu permaneço como a saudade,
um suspiro não correspondido,
uma segunda opção em um campo de sonhos.

A dor da partida ecoa em cada passo,
Onde antes havia riso e bons momentos.
Agora restam apenas memórias e cacos,
De um amor que se foi para um outro planeta.

Restam apenas fragmentos de um sonho perdido,
Lembranças suaves, que o vento não apagou.
E na sombra da ausência, um sussurro contido,
É tudo que o amor que partiu nos deixou.

No tempo que passou, ficou a saudade,
Doce infância perdida, em brisa e leveza.
Brincadeiras no campo, de pura liberdade, agora são memórias.
Sorrisos no vento, risos sem fim,
Cores e sonhos que o tempo apagou.
Na trilha do passado, ainda guardo em mim
A essência de um mundo que nunca voltou.

Às vezes quando acordo, fico imaginando como seria melhor se você tivesse aparecido em meus sonhos, tento voltar a dormir para que isso possa acontecer e para eu ter uma imagem de como seria sentir sua presença novamente, mas você continua sendo sonho inalcançável.