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E negar esse "Sim" é repetir, no cotidiano, a violência fundadora que insiste em não morrer. Defender o nome é defender a pessoa. E ninguém merece viver num país que te rebatiza para te caber no seu racismo.

Quando Lélia nos alerta sobre o perigo do apelido, ela nos convoca a uma trincheira fundamental: a do reconhecimento. Pronuncie direito. Escreva completo. Respeite. Porque no nome está o primeiro "Sim" à existência de alguém. ⬇️🧵

pulsante e inegociável do que somos. No fim, o nome é mais que som. É território. É cultura. É memória viva contra o esquecimento imposto. É futuro sendo construído contra a corrente. ⬇️🧵

É Luiza Maria Soares." Exigir que se pronuncie corretamente um nome como Iemanjá ou Wellington não é "frescura". É exigir respeito pela história que ele carrega. É recusar a mutilação simbólica. É afirmar que a cultura negra não é "exótica" ou "difícil", é parte vital, ⬇️🧵

É cravar uma bandeira num território que insistem em dizer que não é seu. É declarar: "Este ser tem história, tem família, tem futuro. Não é 'o neguinho', não é 'a morena', não é um apelido ao gosto do freguês racista. É Dandara dos Santos Silva. É João Oliveira Mendes. ⬇️🧵

te chamam pelo que eles querem que você seja. Por isso, dar um nome completo, forte, intencional a uma criança negra, seja resgatando raízes africanas, inventando novos significados ou honrando ancestrais, não é só escolha estética. É ato político de resistência. ⬇️🧵

a recusa em reconhecer a humanidade plena e a singularidade do outro. É reduzir um universo complexo a um estereótipo, a uma caricatura que cabe no conforto do preconceito. É a perpetuação daquela violência que começa quando tiram seu nome: ⬇️🧵

"Ah, é difícil, vou chamar de 'Negão' mesmo." "Sua filha se chama Lueji? Que nome diferente... Vou chamar de 'Mimi'." "Fulana?", "Ah, o 'Negrinha!" Por trás da suposta "brincadeira" ou da "simplicidade", mora o mesmo veneno: ⬇️🧵

Era transformar pessoa em produto, coisa, em propriedade móvel. E o pior? A abolição veio, mas essa lógica do apagamento soube se reciclar. Saiu do chicote e entrou na piadinha, no "apelido carinhoso", na preguiça de aprender a pronunciar direito. ⬇️🧵

No lugar, vinha um batismo de conveniência: "João", "Maria", "Francisco", nomes que serviam ao senhor, não ao ser humano. Isso não era só controle. Era extermínio simbólico. Era dizer: "Sua história começa agora, comigo. O que veio antes é nada". ⬇️🧵

Um mecanismo que tem raízes fundas naquele navio negreiro, na senzala, no tronco. Lembra? Séculos de escravidão foram séculos de apagamento forçado. Nomes ancestrais, carregados de história, língua, divindade e pertencimento, eram arrancados como couro. ⬇️🧵

É a primeira morada da identidade. É o grito inicial de "Eu estou aqui!". É o registro primordial da dignidade. Quando esse direito básico é negado, adulterado ou ridicularizado, especialmente quando a cor da pele é o motivo, estamos diante de um mecanismo perverso. ⬇️🧵

Ela apontava para uma ferida aberta na alma do Brasil: a luta incessante do povo negro pelo direito elementar de ser reconhecido como pessoa completa. Pense bem: o nome não é só um som que te chamam na sala de aula ou uma assinatura no documento. ⬇️🧵

Existir no Meio do Apagamento

"Negro tem que ter nome e sobrenome, se não os brancos arranjam um apelido ao gosto dele." Lélia Gonzales, com essa facada de lucidez, não falava só de uma conveniência social. 🧵⬇️

Bluesky, Telegram, YouTube...
- Mas, Ariovaldo, seu presidente não é bem um “influencer”.
- Ah, mas ele me influencia, influencia geral, uma multidão no Brasil e no mundo. É tipo o “influencer das influências”!
- Só podia ser esquerdista, né?
- E sou, com muito orgulho. ✊🏿🚩

Etevaldo conversando com Ariovaldo:

- Ariovaldo, cite um “influencer” que você curta.
- O presidente Lula.
- Não, Ariovaldo, alguém das plataformas modernas, tipo YouTube, TikTok, essas coisas...
- Poxa, mas o presidente Lula está no Twitter, Facebook, Threads, TikTok, Instagram, 👇🏿👇🏿⬇️

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enquanto o progresso real fica refém do medo de questionar.

Ideologias nefastas funcionam como buracos negros do pensamento: elas sugam tudo ao redor e nos cegam para horizontes além dos seus limites. Ficar preso a uma delas é escolher o conforto das certezas absolutas em vez de encarar a complexidade do mundo, é manter o ciclo de ofensas e estagnação, 👇🏿⬇️

Com base na obra: Simulacro e Poder - Uma análise da mídia da filósofa Marilena Chaui,dá pra entender a mídia atual como uma grande máquina de criar realidades. Mas não são realidades de verdade, são versões artificiais, montadas e manipuladas pra servir a certos interesses políticos e econômicos.⬇️🧵

Eu costumava pensar que a mídia corporativa tinha salvação, até perceber que, muitas vezes, ela não informa para esclarecer, mas para moldar interesses, e aí fica claro que o poder não quer gente pensando, quer gente sendo manipulada.

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Um pouco de boa música faz um bem danado.

🎬 Youssou N'Dour - 🎶 7 Seconds ft. Neneh Cherry

🎯😳

Porque, no fundo, política é isso: decidir de que lado da história você quer ficar quando o futuro olhar pra trás.

No fim das contas, a pergunta não é se você se considera de esquerda ou não. A pergunta que realmente importa é: diante da injustiça, o que você escolhe? O conforto de virar o rosto e fingir que não vê? Ou a coragem de se solidarizar e agir? ⬇️🧵

A verdadeira provocação não está em aceitar as coisas como são. Está em questionar: por que ainda vivemos num mundo onde tanta riqueza e tanta miséria convivem de forma tão chocante? Por que a gente acha normal que alguns tenham tanto, enquanto outros não têm nem o básico pra viver com respeito? ⬇️🧵

Quando a gente defende educação pública de qualidade, não é só sobre escola. É dizer que o futuro de uma criança não pode ser definido pelo bairro onde ela nasceu. Quando lutamos por direitos trabalhistas, não é "radicalismo", é simplesmente afirmar que emprego não pode ser sinônimo de exploração.⬇️🧵

É olhar pra desigualdade que existe por aí e se recusar a aceitar isso como normal. É entender que, numa sociedade justa de verdade, ninguém deveria ter que escolher entre comprar remédios ou comida, ou entre se sujeitar a um trabalho degradante ou passar fome. ⬇️🧵

Ser de esquerda não é só um rótulo político. É, acima de tudo, uma escolha ética: acreditar que um mundo melhor é possível quando colocamos a dignidade humana em primeiro lugar, como base de tudo, e não como um privilégio pra poucos. 🧵⬇️