Diogo Martins

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Sobre rádios de pilhas, Carlos Tê, análise de classes por meio de objetos, nostalgia, tecnologia que enclausura e ação coletiva para a superar. Um tutti-frutti que não era para o ser. Queria só fazer um trocadilho - mas acabei aqui.

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Uma social-democracia que prescinde de disputar o poder que advém da propriedade está condenada a falhar na sua tentativa de melhorar a justiça social e os resultados distributivos de forma efetiva. O "sucesso" do IVA Zero é só um dos casos mais evidentes desse jogo de aparências.

O que o IVA Zero fez foi apenas corrigir o efeito nos preços desta assimetria de poder, mas com perda fiscal para o Estado. No final, o efeito líquido no cabaz de bens essenciais foi quase nulo. Custa, pois, perceber o tom triunfal com que o PS nos quer fazer crer que “O IVA Zero fez a diferença”.

Após a implementação da medida, o preço voltou ser mais baixo em Portugal, mas com uma diferença relativa face aos outros países semelhante à que existia em janeiro de 2022.

É possível ver que em janeiro de 2022 o preço dos bens essenciais eram cerca de dez porcento mais baixos em Portugal do que em Espanha e na Zona Euro. Em abril de 2023 - data em que a medida foi aplicada - o preço do mesmo cabaz era já o mesmo nas três regiões comparadas.

(artigo completo no substack. Subscrevem a partir da bio)

"O problema desta análise é que ignora que a evolução dos preços dos bens essenciais apresentava uma evolução muito diferente para as três regiões, como o próprio gráfico apresentado pelo Partido Socialista deixa perceber.

LIVROS QUE A ESQUERDA QUER QUEIMAR

Há livros que a esquerda quer queimar e a direita te quer dar "a liberdade" de ler.

Não lhes dês essa oportunidade.

(importado diretamente de um "paraíso liberal")

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É ler, se tiverem interesse.

Não. Porque, infelizmente, a palavra extremismo tem sido muito mal utilizada. É preciso notar que falei de mobilizar o ódio em favor das classes dominantes. Se esse é o ponto, clarifico que ódio em relação a desigualdades de classe me parece muito importante mobilizar.

Qualquer força que mobilize o ódio e exerça intimidação contra o outro como forma de garantir ganhos políticos para a classe dominante. Há mais umas características que podemos juntar. Mas prefiro manter a definição ampla.

Fachos no meu caminho? Guardo-os todos. Um dia vou fazer um casaco de peles.

Precisamos de falar sobre Presidenciais (2/5) - versão áudio 2º fascículo: compreender as fundações do mosaico da direita nesta eleição presidencial

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Precisamos de falar sobre Presidenciais (2/5) 2º fascículo: compreender as fundações do mosaico da direita nesta eleição presidencial.

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Precisamos de falar sobre Presidenciais (1/5) 1º fascículo - Apresentação e tese

Aqui ficam as duas primeiras partes de uma série de textos sobre Presidenciais no substack Fratura Exposta.

O segundo texto contém uma versão áudio.

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Está um rapaz ao meu lado a estudar química orgânica. É nestes momentos que dou graças por ter acabado em economia, apesar de ter frequentado ciências e tecnologias no ensino secundário.

Precisamos de falar sobre presidencias. Parte 1.

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I'm excited to share my latest publication on the post-pandemic inflation debate. In addition to offering an overview of the discussion, I introduce a classification of the different profiles of argumentation.

Open access here: rosa.uniroma1.it/rosa04/psl_q...

Ter sido uma das minhas avós a fazer o comentário pode ter ajudado. Ou nem tanto. Nenhuma delas, conhecendo-me, espera algo de edificante vindo de mim.

Então, bom ano. Que é como quem diz: boas entradas, ótimas saídas. Ou vice-versa.

LINDO MENINO

Sei que estou a ficar um homem maduro quando, em sendo confrontado com o costumeiro aforismo de felicitações de chegada ao novo ano: "Anima-te, que isto não é como se sai, é como se entra", decido morder o lábio com muita força em vez de fazer um esgar ou um comentário javardola.

Tolentino Mendonça é um cardeal "papável" 🔥🔥🔥😈😈😈

Posa*

A pavlova desabou, o pão-de-ló está reduzido a metade. Mas, ao fundo, tal como um pequeno reduto gaulês numa famosa banda desenhada, há um rapaz que resiste e mantém a sua integridade (embora com dificuldade). Numa espécie de auto-retrato de época, o homo natalius pousa perante os despojos da noite.

Acabei de receber um email de um aluno a dizer que precisa "só" (sim, ele tem a ousadia de usar o advérbio) de mais 12% no exame para ter um A. Queria saber se "haveria forma" de atingir esse valor.

"Só". Até me cuspi com a distinta desfaçatez.

Coisas que me fazem rir.

A candidatura da Joana Amaral Dias tem a virtude de ser uma candidatura que nunca vai ao fundo. Temos bóias, por um lado, um almirante, por outro. É uma eleição muito náutica. Somos um país de marinheiros, carago.

É também a partir daí que o PS se especializará em ser uma frente anti-PCP e anti-gonçalvismo

Como todos os partidos, o PS omite isso da história oficial, mas o grupo da ASP tem muita dificuldade em moldar as bases à sua imagem em 74. Só a partir do congresso de final de 74 é que isso fica garantido

Mas, como refiro, são de natureza diferente. O grupo que forma a ASP antes da revolução é, na prática, quem ganha o partido. Soares, Alegre, António campos, etc, etc. O Manuel serra é produto de um PS que se vai formando a partir de 74, com bases bem mais radicais.