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@nilvasader.bsky.social

Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem. Bertolt Brecht

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Latest posts by nilvasader.bsky.social on Bluesky

Existe una épica ahí de "los autónomos levantan España, y emplean al 95% de la gente y tal" totalmente FALSA.
El autónomo medio español está currando para una empresa que se está llevando el 40% por la cara.
Pero, ojo, van en el mismo barco de Amancio Ortega y les representa Garamendi.

02.11.2025 00:37 — 👍 299    🔁 87    💬 4    📌 2
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La médaillée paralympique Zakia Khudadadi, qui a fui Kaboul en 2021 après la prise de la ville par les talibans, est devenue française le 28 octobre.

Elle appelle le monde à soutenir les Afghanes interdites de sport.

Rencontre : bit.ly/48Zc4Mg

02.11.2025 07:31 — 👍 112    🔁 32    💬 1    📌 1

bsky.app/profile/revi...

02.11.2025 07:32 — 👍 1    🔁 2    💬 1    📌 0

Hace como quince años o así vi un anuncio de prensa en el que se vendían avestruces autóctonas gallegas, así que me sorprende que solo sea un canguro.

02.11.2025 06:24 — 👍 11    🔁 5    💬 2    📌 0

bsky.app/profile/bras...

02.11.2025 07:35 — 👍 1    🔁 1    💬 1    📌 0

Excesso de ingenuidade por parte de eleitores incautos, perspicácia por parte dos déspotas que tentam redesenhar o clima político do país, mas oportunidade extraordinária para progressistas definirem novos rumos da sociedade, de forma que a geração futura dispunha de senso crítico realista.

02.11.2025 01:39 — 👍 4    🔁 4    💬 0    📌 0
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AtlasIntel - 77,6%: Evangélicos são os que mais aprovam ação com 121 mortos no Rio Entre os brasileiros que se denominam de alguma religião, os chamados popularmente de “crentes” apoiam amplamente operações que resultem em muitas mortes. Veja os números

É isso aqui… não deixa de ser uma ingenuidade…

revistaforum.com.br/brasil/2025/...

01.11.2025 15:05 — 👍 6    🔁 4    💬 1    📌 1
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Sócios.

01.11.2025 14:53 — 👍 21    🔁 10    💬 3    📌 1
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Tem que ser muito ingênuo para achar que o Claudio Castro quer acabar com o crime organizado.

01.11.2025 13:26 — 👍 342    🔁 156    💬 9    📌 6
Nintendo wins lawsuit against streamer who played pirated games

Nintendo wins lawsuit against streamer who played pirated games

The racist DHS ad featuring the Pokémon theme is still up tho

02.11.2025 07:23 — 👍 478    🔁 97    💬 6    📌 4

📣 PRESSIONEM 📣

PEC DA SEGURANÇA JÁ

CASTRO É UM DESASTRE

CLÁUDIO CASTRO CRIMINOSO

#PECdaSegurançaJá
#ForaMotta
#ForaAlcolumbre

01.11.2025 22:16 — 👍 10    🔁 8    💬 1    📌 0
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New month… new beginnings…

Wishing everyone good health, prosperity, joy, happiness and blessings.

Happy November 🍂🍁 ☀️ 🍁🍂

My photo from our trip to Grand Teton in Wyoming.

01.11.2025 14:26 — 👍 10    🔁 4    💬 0    📌 0
Photo de mon chien qui regarde par la fenêtre.

Photo de mon chien qui regarde par la fenêtre.

J'attendais un colis, je devais suivre l'envoi. Le livreur a sonné, je n'ai pas eu le temps de lui parler. Je suis quand même descendue et j'ai vu mon colis. Triste époque sans contact humain.🐕🍁🍂😔

30.10.2025 11:03 — 👍 41    🔁 8    💬 1    📌 0

bsky.app/profile/hugo...

02.11.2025 07:38 — 👍 3    🔁 1    💬 0    📌 0
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Wi-fi das escolas fora do PRR, tal como milhares de vagas em lares, creches e no SNS Governo revê PRR em baixa e deixa cair investimentos no SNS, no apoio social, na educação e nos transportes, reforçando nas empresas. Metro de Lisboa sai e o do Porto perde apoio para uma estação.

Governo revê PRR em baixa e deixa cair investimentos no SNS, no apoio social, na educação e nos transportes, reforçando nas empresas. Metro de Lisboa sai e o do Porto perde apoio para uma estação.

02.11.2025 07:40 — 👍 4    🔁 7    💬 0    📌 15

Declaração Universal dos Direitos Humanos:
www.ohchr.org/en/human-rig...

Constituição Federal de 1988:
www.planalto.gov.br/ccivil_03/co...

02.11.2025 07:42 — 👍 9    🔁 1    💬 0    📌 0
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Trump advisory board member pushes for Jan. 6 as national holiday to ‘honor American heroes’ Bring out the barbeque and fireworks, said the fired-up MAGA-backer.

This Jason Meister? He's just full of smart ideas. 🙄

nypost.com/2025/05/10/u...

31.10.2025 17:20 — 👍 36    🔁 8    💬 0    📌 0
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Finados no Rio: dia terá missa com Dom Orani e pedido de paz O arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, celebra às 8h deste domingo, Dia de Finados, uma missa no Crematório e Cemitério da Penitência, no Caju, na Zona Portuária da cidade. Os espaço completa 150 anos com um pedido de paz com a tradicional revoada de balões brancos. — Além do tributo, especialmente esse ano faremos também um pedido de paz com essa atividade. A população carioca precisa de segurança para viver e aproveitar uma cidade tão linda como o Rio — disse o diretor do cemitério, Rodrigo Bernardo. Haverá ainda inauguração, com uma bênção, do Jardim de Memórias Padre Pedro Paulo, pároco da capela que morreu em maio aos 64 anos. O espaço é formado por 150 pedras brancas onde os visitantes poderão deixar mensagens. A Orquestra Juvenil da Ação Social Pela Música fará uma apresentação especial. O Crematório e Cemitério da Penitência estará aberto para visitação das 7h às 18h, com equipes de apoio atuando em toda a estrutura. A estimativa é receber cerca de dez mil pessoas ao longo do dia. O Cemitério da Penitência fica na Rua Monsenhor Manuel Gomes 307. Em Niterói Localizado em Pendotiba, na Região Oceânica de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, o Cemitério Parque da Colina terá uma programação especial, das 7h às 18h. Haverá missas às 10h e 16h e orações às 9h e às 15h. Os visitantes poderão participar também da tradicional "Árvore da Homenagem", um espaço onde é possível escrever mensagens. Neste ano, o destaque é o sistema de geolocalização de jazigos via WhatsApp: ao escanear o QR Code disponível nas áreas de visitação ou enviar uma mensagem para o número oficial do Grupo Zelo, responsável pelo espaço, (31 99769-8770). O Parque da Colina fica na Estrada Francisco da Cruz Nunes 987. Na Zona Oeste No Jardim da Saudade Paciência haverá o Concerto pela Paz Mundial, com o Coral de Petrópolis, às 10h. O Jardim de Saudade de Sulacap também contará com uma programação para os visitantes. Confira: Jardim da Saudade de Sulacap endereço: Avenida Carlos Pontes 500, Sulacap abertura da Galeria de 100 Mil Flores Brancas 9h: celebração ecumênica com o filósofo e teólogo Alexandre Cabral 10h: missa solene com Dom Pedro Cunha Cruz 16h: missa católica com o Padre Roberto Pereira Jardim da Saudade Paciência endereço: Estrada Visconde de Sinimbu 1.600, em Paciência 9h20: culto ecumênico com o filósofo e teólogo Bruno Oliveira 10h: Concerto pela Paz Mundial com o Coral de Petrópolis 11h: missa católica com o Padre Márcio Moura

Finados no Rio: dia terá missa com Dom Orani e pedido de paz .

02.11.2025 07:43 — 👍 3    🔁 2    💬 0    📌 0
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🇹🇷 Türkiye is ready to host the fourth round of talks between Russia and Ukraine, — Foreign Minister Hakan Fidan.

“Three rounds in Istanbul have led to tangible results, including the exchange of prisoners and the resumption of direct dialogue between the parties."

02.11.2025 07:43 — 👍 95    🔁 11    💬 2    📌 0

Uma primeira dama ativa que não anda com maquiador a tiracolo; que se interessa por assuntos de cunho mundial; que tem voz na comunidade internacional. Simples assim.

02.11.2025 09:18 — 👍 7    🔁 2    💬 0    📌 0

@down.blue

02.11.2025 08:26 — 👍 0    🔁 0    💬 1    📌 0
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🔥 JANJA BRILHOU!
A nossa primeira-dama subiu ao palco do #GlobalCitizenFestival e mostrou ao mundo o que é ter voz, coragem e compromisso com o povo e com o planeta! 🌎💚🌳🇧🇷

02.11.2025 07:45 — 👍 155    🔁 48    💬 9    📌 1
Post image 01.11.2025 22:17 — 👍 179    🔁 33    💬 1    📌 0
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Mães de mortos da megaoperação do Rio relatam dor, culpa e frustração ao tentaram impedir que filhos entrassem para o crime Entre as dezenas de famílias que lotaram a porta do Instituto Médico Legal (IML) do Rio desde quarta-feira, há mães que carregam mais do que a dor da perda: convivem com a culpa e as lembranças de uma luta perdida cedo demais. Elas viram os filhos ainda adolescentes se afastarem de casa, seduzidos por promessas de dinheiro fácil, status e proteção em territórios controlados pelo tráfico. Esperaram dias para conseguir reconhecer e sepultar os corpos — entre os 121 mortos na operação mais letal da história do Rio, nos complexos do Alemão e da Penha. Quem dita torturas, o especialista em 'propinas' e o general da guerra: como o CV se estrutura no controle da Penha e do Alemão Longe, mas perto: 'protocolo' do CV abriga chefes do Rio em complexos fluminenses, como a Penha, para protegê-los São mães que, mesmo cientes da vida levada pelos filhos, cobram o direito de se despedir. Nos relatos, há um fio em comum: a tentativa frustrada de impedir a escolha que, no fim, selou o destino de cada um deles. Falam de meninos que estudaram, trabalharam, tinham sonhos — e que acabaram engolidos por uma realidade onde o crime se apresenta como única saída . Nos relatos feitos ao GLOBO, três mulheres contam, duas pedindo anonimato, quem eram esses filhos antes de virarem corpos estirados na Praça São Lucas, na Penha. 'Eu dei educação e uma casa onde nunca faltou nada’ Mãe de Thiago Ribeiro Pareto Barbosa, que não via o filho há 8 anos Márcia Foletto “Meu filho, Thiago Ribeiro Pareto Barbosa, tinha 28 anos. Desde os 20, ele escolheu essa vida. E, desde então, faz oito anos que eu não via o meu filho. Fiquei no IML desde quarta-feira, esperando para reconhecer seu corpo. Ele mesmo quis assim. Disse que não queria que ninguém da família soubesse de nada dessa vida dele no crime, para não respingar na gente, para que ele pudesse seguir aquela vida sem arrastar ninguém junto. Eu não entendo até hoje. Fez o ensino médio completo, fez curso de auxiliar de administração, trabalhou como jovem aprendiz. Eu dei educação e uma casa onde nunca faltou nada. Coisas dele. Nenhum dos meus outros filhos seguiu esse caminho — todos trabalham, todos moram comigo. Mas ele quis ir por outro rumo. A gente morava na Vila da Penha. Quando o Comando Vermelho começou a dominar tudo, eu decidi sair. Eu me mudei para Benfica. Mas ele quis ficar. Disse que ia ‘viver a vida dele’. Eu tenho certeza de que foi influência dos amigos e dessa ilusão de vida fácil. Essas promessas de dinheiro, de poder, de respeito, que, no fim, não passam de um engano. Thiago acreditou nisso. Acreditou que o caminho do crime era uma saída. Eu sempre respeitei o silêncio dele, por mais que doesse. Mas, no fundo, uma mãe nunca deixa de esperar. 'Solta o moleque': em mensagens, traficantes do Alemão articulam pagamento de resgate a policiais para soltar comparsa preso A notícia chegou por uma foto. Um conhecido antigo, que o conhecia lá da Penha, me mandou a imagem: “é o Thiago”. Eu custei a acreditar. Oito anos sem ver meu filho — e agora só o reconheço numa foto dele morto. Naquela hora, tudo o que eu consegui fazer foi vir para cá (o IML). Sou operadora de caixa, larguei o trabalho, pedi liberação. Eu nunca deixei faltar nada. Não sei o que faltou. Thiago Reprodução Quando ele começou a se envolver, foi com amizades diferentes. Começou a aparecer com coisas caras, relógio. Eu perguntava, e ele desconversava. Não sei se dá para chamar isso de despedida. Porque, para mim, ele já tinha partido há muito tempo. Mas, mesmo assim, uma mãe nunca se acostuma. Nunca para de ser mãe”. (Por Mãe de Thiago Pareto Barbosa) ‘Kauan! Pode sair da mata, mamãe tá aqui! Já pode sair’ Mãe de Kauan de Souza Gabriel de Paiva “Meu menino, Kauan de Souza, tinha acabado de completar 18 anos. Na madrugada daquela terça-feira, chamaram ele uma hora da manhã para ir ‘ficar a postos’. O padrasto dele falou: ‘Não vai, Kauan. Fica em casa, não entra na mata’. Mas ele foi. Horas depois, assim que liberaram, fui para a mata atrás dele, gritando, chamando: ‘Kauan! Pode sair da mata, mamãe tá aqui! Já pode sair!’. Toda vez que eu via um corpo, achava que podia ser ele. Toda vez que eu via alguém de camisa preta — a roupa que ele usava na última vez que vi — meu coração disparava. Era como se eu ainda tivesse esperança de que ele fosse aparecer, escondido, esperando ajuda. Mas ele não apareceu. Ali, como mãe de criação dele, eu senti que ele não estava desaparecido, estava morto. Kauan foi criado por mim desde pequeno, como um filho mesmo. Trabalhava com o pai num ferro-velho e sonhava em ser bombeiro e conquistar o carro dele. Era um menino bom e medroso. Tinha depressão e ansiedade. Ele me ligava toda noite só para dizer que me amava. Mas, há uns três meses, ele começou a se afastar de casa. Kauan Reprodução Tudo começou quando os meninos da comunidade descobriram que ele sabia dirigir. Aprendeu com 13 anos, dirigia melhor que muito adulto. Chamavam ele para levar o carro, fazer os ‘corres’. Assim, ele foi entrando, aos poucos, sem arma, só dirigindo. Ele achava bonito estar no meio deles, chegar nos bailes funk ao lado deles de cabeça erguida, com a roupa mais bonita e a garota mais bonita do lado. Via-crúcis no IML: famílias narram dificuldades no reconhecimento dos corpos de megaoperação e perícia independente é solicitada Eu dizia para ele: ‘Sai dessa vida, meu filho, isso não é para você. Você teve tudo, você sempre mamou leite Ninho com Mucilon na mamadeira’. Mas ele achava que aquilo era respeito. Que só assim iam olhar para ele. Ele se envolveu por influência, por se sentir pertencendo a algum lugar. E eu tenho certeza: se ele tivesse sido preso, nunca mais voltava para o crime. Ia ser um susto que ia fazer ele se arrepender. Conheço o meu filho. Na sexta-feira, depois de dois dias na porta do IML, reconheci o corpo. Era ele. Meu menino, aquele que falava que só queria ser visto. Queria ser alguém ‘importante’. Meu filho podia estar preso, podia estar pagando pelos erros dele. Mas devia estar vivo”. (Por Mãe de Kauan de Souza) ‘Eu sou mãe! Tô aqui para pegar meu filho! Leva preso, não mata!’ Taua Brito Marcia Foletto “Meu filho, Wellington Brito, de 20 anos, ficou encurralado lá na Mata da Vacaria, na Penha. Eu sei disso porque ele me mandou mensagem umas oito da manhã da terça-feira pedindo ajuda. Disse: ‘Mãe, vem aqui, vem me buscar’. Na cabeça dele, se eu fosse, eles iam levar ele preso. Eu saí de casa correndo, com os documentos dele e os meus, achando que iam deixar eu subir. Eu só queria tirar ele de lá, para ele não morrer. Para ele pagar pelo que estava fazendo, mas preso, vivo. Eu gritei para eles: ‘Eu sou mãe! Estou aqui para pegar meu filho! Se tiver que levar preso, leva, mas não mata!’. Quando consegui subir, depois que a polícia foi embora, meu filho já estava morto com um tiro na cabeça. Eu encontrei ele. Desde então, fiquei dias na porta do IML, chorando, até que consegui que ele fosse liberado e enterrado, na sexta-feira. Eu não defendo o que o Wellington fazia. Sou uma mãe negra, solteira, microempreendedora. Vendo bolos e doces, e luto todo dia para criar meus filhos, ele e a mais nova. Achei que ele, vendo isso, não fosse seguir esse caminho. Wellington Brito Reprodução Nunca apoiei a vida que ele escolheu. Mas, na favela, não temos muitas oportunidades. Ainda assim, nunca ia virar as costas para ele. Porque, antes de qualquer coisa, ele era meu filho. O que eu sempre dizia a ele era para ter juízo e que a vida é difícil, mas que ele devia encarar tudo com responsabilidade, sem revoltas. Presidente de clube de tiro, dono de loja de armas, armeiro: as conexões por trás do arsenal do CV no Complexo do Alemão Eu entendo a dor das mães dos quatro policiais mortos, não é diferente da minha, porque somos mães. Não era para ser assim. Deus não fez para ser assim. Os pais é que deviam ser enterrados pelos filhos, não o contrário. Todas as minhas metas de vencer incluíam ele e a irmã. Agora, a metade de mim foi embora com o Wellington. Queria acordar e ver que tudo isso foi um pesadelo. A gente ainda tinha tanta coisa para viver. Eu dizia pra ele que eu ia vencer por ele e pela irmã dele. Agora não sei lidar com o fato de que ele não vai mais chegar em casa”. (Por Taua Brito) Initial plugin text

Notícia da @oglobo.globo.com

"Mães de mortos da megaoperação do Rio relatam dor, culpa e frustração ao tentaram impedir que filhos entrassem para o crime"

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02.11.2025 07:48 — 👍 5    🔁 5    💬 0    📌 0
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Fuzis fantasmas abastecem o terror do CV do Rio: mais da metade das armas de guerra apreendidas em megaoperação era montada clandestinamente Dos 93 fuzis apreendidos na operação mais letal da história do Rio, nos complexos do Alemão e da Penha, ao menos metade é de armas conhecidas no meio policial como “fantasmas”. São imitações de armamentos originais fabricadas de forma clandestina, com peças de diferentes origens — muitas delas produzidas em impressoras 3D capazes de processar metal. Entre os fuzis “fantasmas” encontrados pelas forças de segurança nos conjuntos de favelas, há falsificações de modelos de pelo menos duas fabricantes: a alemã Heckler & Koch (HK) e a norte-americana Colt. As inscrições que remetem às marcas, no entanto, são feitas com tinta — ao contrário das originais, gravadas diretamente no corpo da arma — ou estão fora dos padrões autênticos. Quem dita torturas, o especialista em 'propinas' e o general da guerra: como o CV se estrutura no controle da Penha e do Alemão Longe, mas perto: 'protocolo' do CV abriga chefes do Rio em complexos fluminenses, como a Penha, para protegê-los 'Solta o moleque': em mensagens, traficantes do Alemão articulam pagamento de resgate a policiais para soltar comparsa preso Esse tipo de armamento — que não tem qualquer registro formal ou número de série, o que o torna praticamente impossível de rastrear — se alastrou pelo mercado criminal do Rio em menos de uma década. Dados do Instituto Sou da Paz obtidos com exclusividade pelo GLOBO revelam que, em quatro anos, as apreensões de fuzis sem marcas, característica dos “fantasmas”, triplicaram no estado: em 2020, eram 108; em 2023, saltaram para 307 — metade dos 610 retirados dos criminosos. Fontes da inteligência das polícias estimam que cerca de um terço dos mil fuzis ainda em circulação no Alemão e na Penha sejam “fantasmas”. Via-crúcis no IML: famílias narram dificuldades no reconhecimento dos corpos de megaoperação e perícia independente é solicitada Nesses dois complexos, nas apreensões da operação da última terça-feira, além dos fuzis montados com peças contrabandeadas ou adquiridas legalmente na internet, há armamento com origem em países como Venezuela, Argentina, Peru, Bélgica, Rússia, Alemanha e Brasil, assim como exemplares desviados das Forças Armadas. Ontem, a Polícia Civil do Rio revisou o número de armas retiradas das mãos de traficantes do CV nessas favelas: de 118 para 120, com dois fuzis a mais do que os 91 anunciados antes. O prejuízo estimado ao crime organizado é de R$ 12,8 milhões, segundo levantamento da Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE). Fuzis fantasmas abastecem o terror do CV do Rio Editoria Arte Fuzis fantasmas abastecem o terror do CV do Rio Editoria Arte Fachada de marcenaria Quanto aos “fantasmas”, a primeira apreensão em larga escala desse tipo de armamento no Rio remonta a janeiro de 2018, quando o então sargento do Exército Renato Borges Maciel foi preso em flagrante trazendo 18 deles para o estado. Na ocasião, Maciel foi abordado por agentes da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Civil na Rodovia Presidente Dutra. O militar trouxe as armas escondidas no porta-malas desde Foz do Iguaçu, no Paraná, onde era lotado. Como a Tríplice Fronteira era a origem de quase todos os fuzis “fantasmas” apreendidos entre 2018 e 2020, as polícias Civil e Federal concluíram que, inicialmente, as primeiras armas do tipo eram montadas por armeiros no Paraguai e entravam no país de forma clandestina. Mas, em outubro de 2023, investigação da PF descortinou uma mudança no mercado das “fantasmas”: pela primeira vez, uma fábrica clandestina de fuzis com capacidade industrial foi descoberta no país, em Belo Horizonte. Funcionava sob a fachada de uma marcenaria, usava equipamentos milionários de alta precisão — como uma impressora 3D do tipo CNC, capaz de reproduzir peças metálicas originais — e atendia o CV e outros grupos criminosos do Rio. No mesmo dia em que a fábrica foi fechada, seu dono, identificado como Silas Diniz Carvalho, foi preso em uma mansão alugada na Barra, onde foram apreendidos 47 fuzis “fantasmas”. Mesmo condenado em 2024 a uma pena de mais de 12 anos, Silas conseguiu manter o esquema, segundo a PF. Em prisão domiciliar, ele é acusado de transferir a operação para outra fábrica, ainda mais sofisticada, em Santa Bárbara d’Oeste, em São Paulo. A nova planta industrial, fechada por agentes federais em agosto passado, podia produzir mais de 3,5 mil fuzis por ano. — O investimento inicial para abrir uma fábrica desse porte é alto, ao menos R$ 3 milhões. Mas, do ponto de vista financeiro, compensa para o criminoso, que não precisa comprar peças de fuzil originais, em dólar, e não precisa arcar com os custos com corrupção de agentes públicos para transportar as armas para dentro do país — explica Bruno Langeani, especialista em controle de armas. Fábricas artesanais que produzem armas “fantasmas” em escala menor também se proliferam. É o caso da oficina de fuzis da milícia encontrada pela PF em Rio das Pedras, na Zona Sudoeste do Rio, em agosto passado. Os agentes federais descobriram que os paramilitares importam peças dos Estados Unidos e as juntam com outras partes de polímero feitas em impressoras 3D. 'Crueldade': denúncia do MP que embasou megaoperação revela que CV usa métodos de tortura: arrastar com carro, banheira de gelo, 'massagem' A partir de investigações das polícias Civil e Federal, O GLOBO identificou um elo entre as fábricas clandestinas e organizações criminosas do Rio abastecidas pela quadrilha. Durante a campana feita em frente à mansão onde Carvalho, o dono do empreendimento, foi preso em 2023, agentes federais perceberam que um homem chegou à casa a bordo de um carro clonado, pegou uma mala dentro do imóvel, colocou-a no carro e deixou o local. Ele conseguiu escapar da prisão, mas Carvalho, em depoimento à Justiça, expôs sua identidade: era ex-sargento da PM Ricardo Rangel da Silva, apontado pela polícia como um dos maiores traficantes de armas do Rio. Galerias Relacionadas Venda para milicianos Os laços do ex-PM com o CV eram conhecidos pelas autoridades desde julho de 2022, quando ele foi preso levando uma carga de cocaína para o Morro do Limão, em Cabo Frio, controlado pela facção. Condenado à prisão, Rangel acabou expulso da PM e, segundo outras investigações, diversificou sua clientela. Arquivos extraídos da conta do WhatsApp do PM Thiago Alves Benício, acusado de integrar o grupo de pistoleiros a serviço do bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, revelaram que Rangel também vendia armas para milicianos e quadrilhas a serviço de contraventores. “Qual é, mano, o irmão pediu para perguntar se conhece esse polícia aí”, perguntou um interlocutor a Benício em dezembro de 2023, depois de enviar uma fotografia de Rangel. Benício respondeu que perguntaria ao ex-cabo da PM Rafael do Nascimento Dutra, o Sem Alma, apontado como chefe do bando de matadores de Adilsinho. Minutos depois, a resposta chegou: “Conheço ele, sim. Trabalhou comigo no GAT (Grupamento de Ações Táticas). Já até levou pistola pra mim, já me mostrou fuzil. Ele traz uns bagulhos do Paraguai”. Com drones e câmeras: CV monitora comunidades e a polícia: 'Tem que se adequar à tecnologia', diz investigado O interlocutor explicou o motivo da pergunta: “Ele sumiu com dez bicos dos amigos aqui, falou que perdeu pra federal”. Benício encerrou a conversa com um áudio, acrescentando que Rangel já havia vendido dois fuzis para a milícia de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho. No início deste ano, Rangel foi condenado pela Justiça Federal a seis anos de prisão por tráfico de armas. Hoje, também é investigado por fornecer fuzis “fantasmas” a criminosos fluminenses. O GLOBO não conseguiu contato com a defesa do ex-PM. CLIQUE AQUI E VEJA NO MAPA DO CRIME COMO SÃO OS ROUBOS NO SEU BAIRRO Além de inscrições de marcas conhecidas fora do padrão original, há outras maneiras de reconhecer os fuzis “fantasmas”. Alguns, como 11 exemplares apreendidos pela PF em janeiro de 2025, na Região Serrana do Rio, que tinham o Complexo da Penha como destino, exibem inscrições com erros de grafia, como “carabine” em vez de “carbine” (carabina, em inglês) e “Hardfort” em vez de “Hartford”, cidade-sede da Colt. — As armas “fantasmas” têm o mesmo poder letal de um fuzil autêntico. Mas, por não terem tanta qualidade, não devem ter a mesma durabilidade — diz o delegado Vinícius Domingos, da CFAE. Initial plugin text

Notícia da @oglobo.globo.com

"Fuzis fantasmas abastecem o terror do CV do Rio: mais da metade das armas de guerra apreendidas em megaoperação era montada clandestinamente"

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02.11.2025 07:48 — 👍 3    🔁 1    💬 1    📌 1
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Fjaka: a arte croata de não fazer nada (e por que deveríamos aprendê-la)  Ao refletirmos sobre como nossos dias são repletos de inúmeras tarefas e uma lista interminável de afazeres, fica evidente que vivemos em uma era em que produzir, preencher cada minuto e ter o melhor desempenho não só é esperado, como também recompensado. O tempo livre é preenchido com tarefas, o lazer é criticado e, para muitos, o descanso é visto como uma perda de tempo e de oportunidade. É justamente nesse ritmo que a linha entre o esgotamento físico e a exaustão mental se torna tão tênue.  Café da manhã com iogurte grego e aveia: especialistas explicam por que esta é melhor refeição matinal Casamento é feito em hospital para realizar sonho de paciente com câncer: 'Ter minha mãe presente foi muito importante' A hiperconectividade, os horários de trabalho flexíveis e uma cultura de "tudo ou nada" nos pressionam a estar disponíveis o dia todo, mesmo durante nosso tempo livre. Mas as consequências já são evidentes: uma sociedade em que ansiedade, insônia, falta de concentração, depressão e uma desconexão com o próprio corpo são comuns.  Nesse contexto, é refrescante (e até provocador) que, de uma pequena região costeira da Croácia, surja um conceito que propõe exatamente o contrário: deixar-se estar, soltar o controle e se entregar, sem culpa, à arte de não fazer nada.  O significado por trás do conceito de fjaka  Fjaka (pronuncia-se “fíaca”, como a gíria usada em Buenos Aires) é uma expressão típica da região da Dalmácia, na costa do mar Adriático. Embora na Croácia a descrevam como “um estado sublime no qual não se deseja nada”, não deve ser confundida com preguiça. Trata-se, antes, de uma forma de habitar o tempo com calma, de simplesmente estar, sem exigências nem objetivos. Algumas teorias etimológicas sugerem que o termo poderia derivar do espanhol “flaca”, não em seu sentido literal de magreza, mas em seu uso figurado, relacionado à falta de ânimo ou à modorra, muito parecido com o sentido de “fíaca” no espanhol rioplatense.  Em Dubrovnik ou Split, fjaka não é um problema: é um privilégio. Um estado que não se busca nem se força, mas que simplesmente aparece, especialmente nos meses de calor. Poderia ser traduzido como uma forma culturalmente aceita (e celebrada) de “baixar o ritmo”. Sentar-se à sombra, olhar o mar, não planejar nada. Apenas ser.  Os benefícios de “não fazer nada”  Embora soe contraditório, parar e não fazer nada — de forma consciente e sem culpa — pode ser uma das estratégias mais eficazes para cuidar da saúde mental. A ciência confirma: o verdadeiro descanso não apenas reduz o estresse, como também melhora a função cognitiva, a criatividade e a estabilidade emocional.  Um estudo publicado na Frontiers in Psychology (2018) demonstrou que a mente em repouso, sem estímulos externos, tende a entrar no chamado modo padrão (default mode network), um estado cerebral que facilita a introspecção, a conexão emocional e a consolidação da memória. Ou seja: “não fazer” também é uma forma de fazer, mas em outro nível.  Quando o corpo pede uma pausa, fjaka convida você a escutar sem pressa ou exigências Pixabay Além disso, pesquisas realizadas pela Universidade de Melbourne concluíram que tirar pequenas pausas durante o dia aumenta a produtividade a longo prazo e reduz significativamente os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Mesmo pausas curtas de cinco minutos, como olhar pela janela, respirar fundo e não olhar para telas, têm impacto positivo na autorregulação emocional.  Também no campo clínico se reconhece o valor da inatividade consciente. A psicóloga e escritora britânica Claudia Hammond, especialista em neurociência do tempo, afirma que incorporar momentos de verdadeiro descanso ajuda a prevenir o esgotamento crônico e a melhorar o bem-estar geral. Não é por acaso que práticas como o doing nothing (fazer nada) ou a niksen (sua equivalente holandesa) se tornaram objeto de estudo nos últimos anos.  Nesse sentido, a fjaka pode ser entendida como uma ferramenta cultural que já antecipava o que hoje muitos especialistas em saúde mental defendem: parar não é perder tempo, é recuperá-lo. Dar espaço à mente para descansar também é um ato de cuidado. E, acima de tudo, de resistência diante de um sistema que premia o cansaço como se fosse uma medalha.

Notícia da @oglobo.globo.com

"Fjaka: a arte croata de não fazer nada (e por que deveríamos aprendê-la) "

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